São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 1995 |
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Mais de 1 milhão vão receber o reajuste
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Entre eles estão os cerca de 800 mil trabalhadores da construção civil do Estado de São Paulo, que já estão negociando com o sindicato patronal, o Sinduscon. "Nosso objetivo é conseguir piso salarial que nos garanta a compra da cesta básica e não discutir números", disse Douglas Martins, da Federação dos Trabalhadores da Construção Civil. Também os condutores de veículos de São Paulo, Campinas, Santa Catarina e Santo André, que somam cerca de 100 mil, recebem o IPC-r de 29,55% no mínimo. Outras categorias com data-base em maio são os metroviários de São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro (cerca de 8 mil), os trabalhadores do setor alcooleiro do Estado de São Paulo (27 mil) e os ferroviários da Bahia (4,5 mil). Olga Colpo, da consultoria Coopers & Lybrand, estima que a massa salarial vai crescer 13,6% em março, abril, e maio por conta das datas-bases de categorias importantes. Isso significa a injeção de US$ 1,7 bilhão na economia. Colpo já considerou o fato de algumas categorias, como os metalúrgicos da base da CUT no Estado de São Paulo (350 mil), terem conseguido antecipações. Com data-base em abril, os metalúrgicos da CUT conseguiram reajuste de 19% das montadoras e do setor de autopeças. O IPC-r acumulado até abril foi de 27,11%, mas os metalúrgicos da CUT tiveram antecipação de 15,67% em novembro. O aumento acima do IPC-r foi de mais de 7%. Para o ex-ministro Mailson da Nóbrega, o aumento do salário mínimo, também em maio, trará mais US$ 1,5 bilhão a um mercado de consumo médio estimado em US$ 25 bilhões por mês. Texto Anterior: IPC-r vai a 1,92% e acumula 29,5% Próximo Texto: Previdência enfrenta 974 mil ações judiciais Índice |
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