São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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G-7 discute desvalorização do dólar

DO ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON; DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

G-7 discute desvalorização do dólar
Depois de cinco horas e trinta minutos de reunião, no Departamento do Tesouro dos EUA, o Grupo dos Sete (os sete países mais ricos do mundo -EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá), que acontece em Washington (EUA), emitiram ontem comunicado amenizando conflitos em torno do dólar.
Diplomaticamente acenaram com o desejo de cooperação, mas sem nenhuma medida concreta. Eles expressaram preocupação com a queda do dólar e concordaram que seus níveis vão além do níveis justiticáveis pelas condições das economias dos países industrializados.
A moeda norte-americana já caiu cerca de 20% frente ao iene e 10% em relação ao marco, desde o início do ano.
Disseram que a reversão é "desejável". Essa reversão, segundo o comunicado, ajuda na expansão do comércio e investimento entre os países, além de contribuir para os "objetivos comuns" de crescimento sem inflação.
Segundo a nota, eles se comprometeram em buscar meios para conduzir os desequilibrios internos e externos, assim como cooperar no mercado câmbio.
O comunicado afirma que os países concordam que instituições como FMI e Banco Mundial devem ser adaptadas aos novos tempos, especialmente depois da lição da crise do México.
Os recados são extremamente sutis. O documento cita a necessidade de aumentar os controles sobre os gastos públicos, o que atinge os Estados Unidos. Ao fazer referências aos desequílibrios externos, embute-se uma referência à pressão americana para que os japoneses abram suas fronteiras comerciais.
Ontem, o dólar registrou uma pequena recuperação no mercado internacional de moedas. Em Tóquio, a moeda norte-americana fechou a 83,28 ienes, contra 82,66 ienes do dia anterior.
Em Nova York, no entanto, a desvalorização continuou. O dólar fechou a 82,05 ienes e 1.371 marco, contra 83,05 ienes e 1,3755 marco anteontem.
Os ministros dos sete países presentes à reunião acreditam ser difícil que o dólar possa se recuperar com facilidade.
Para o presidente do Bundesbank (o banco central alemão), Hans Tietmeyer, a única maneira de conseguir estabilizar a moeda é reduzir o déficit na balança comercial dos Estados Unidos.
Com Agências internacionais

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