São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 1995
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Cruzar informações é dica para escolher CD

MARINA MORAES
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE NOVA YORK

Se você fica zonzo por acompanhar as novidades no mundo da informática, tranquilize-se. A sensação é universal. Em pouco tempo vai aparecer médico diagnosticando a síndrome cujo principal sintoma é a perda do apetite de consumo. Você adia a troca do computador, desiste do novo programa, esperando pelo lançamento mais recente e em questão de semanas corre o risco de parecer obsoleto.
Coloque-se no papel do consumidor americano, que vai para a banca de jornal e é bombardeado por centenas de revistas especializadas, recomendando "the best" isso, "the best" aquilo, numa ciranda de opiniões às vezes conflitantes. Sem considerar as centenas de ofertas em catálogos.
Como saber o que realmente vale a pena? Dica: cruzar informações de várias fontes para chegar à lista dos mais recomendados.
Mas alerta: esses programas pedem algum conhecimento de inglês. Além disso, ninguém garante que na semana que vem não vem algo melhor. Aí vai a lista.
Game: "Doom 2". É o jogo que frequenta todas as listas de mais vendidos. Bom para quem vai para casa nervoso, com vontade de bater no marido ou na mulher. Trocando em miúdos, armado até os dentes, você abate todo tipo de inimigo. Preço: US$ 70.
Aventura: Como "Doom", "Myst" faz parte da lista dos imperdíveis. Quem joga diz que a sensação é parecida com a de um namoro. Você se interessa por uma passagem da aventura hoje, por outra amanhã e quando acorda se vê no meio de um labirinto. O desafio é descobrir o destino dos moradores de uma ilha seguindo pistas e armando um verdadeiro quebra-cabeças. Preço: US$ 55.
Enciclopédia: Briga boa, já que há várias opções. Vale o voto popular. A mais vendida é a "Compton's Interactive 95". Você aciona o verbete e recebe de volta informações escritas, imagens, som e, em alguns casos, animação. Ao pesquisar um assunto, a própria enciclopédia sugere ampliar a consulta buscando outros verbetes. O preço é um pouco salgado: US$ 150.
Geografia: "One Tribe" não lembra em nada as lições de geografia que você teve no colégio. Quem introduz a aula é uma apresentadora da MTV européia. Uma viagem por 235 países apoiada por 600 mapas e 3.000 fotos. Fora o decoreba de fronteiras e estatísticas. Aqui quem fala é a população em clipes de documentários da BBC e música por artistas de vários países. Custa US$ 70.
Astronomia: "Redshift" é definido por críticos como o planetário em CD. Por US$ 100 você compra bilhete para viajar pelo sistema solar: escolhe o planeta e pode estudá-lo de vários ângulos, enquanto consulta um dicionário de astronomia. Inclui 700 fotos, além de mapas de satélite da Terra e da Lua.
História: "O Assassinato de Kennedy" dá a opção de consultar dados da investigação oficial sobre a morte do presidente americano e tirar sua própria conclusão sobre se Lee Oswald agiu sozinho ou não. Custa US$ 60 e inclui fotos, filmes, diagramas e animações em terceira dimensão. É um prato cheio para quem gosta de teorias conspiratórias. E um reforço para quem não acredita na versão oficial: a maioria conclui que a história não está bem contada.

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