São Paulo, quinta-feira, 27 de abril de 1995 |
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Explosão em fábrica de PE mata pelo menos 3
FÁBIO GUIBU
A empresa afirma que quatro funcionários morreram e seis estão hospitalizados. O acidente aconteceu às 8h50, quando 36 pessoas trabalhavam no local. Até as 20 h de ontem, três corpos haviam dado entrada no IML (Instituto Médico Legal). Segundo a direção da fábrica, o acidente atingiu somente a linha de produção. A empresa não divulgou a quantidade de pólvora estocada no local nem sua produção. Também não soube dizer qual a causa do acidente. O risco de novas explosões levou a polícia a interditar a indústria, instalada em meio a uma floresta, numa área de 40 hectares, equivalente à da Baía de Guanabara, no Rio. Este foi o segundo acidente do tipo envolvendo a fábrica, fundada em 1890. Em julho de 1982, 11 pessoas morreram no local. A explosão de ontem foi ouvida a oito quilômetros de distância. O impacto, segundo os bombeiros, abriu crateras de 300 m2. Árvores foram queimadas e destroços foram lançados a uma distância de 500 metros. Casas localizadas a 700 metros do local tiveram vidros quebrados. "A cena era terrível. Os corpos estavam mutilados, irreconhecíveis", afirmou o soldado Adriano, da PM (Polícia Militar). "Resgatamos dois corpos, um sem o braço direito e outro com o rosto totalmente desfigurado", afirmou o soldado. Segundo os bombeiros, a fábrica não havia renovado seu atestado de regularidade, documento que comprova que os equipamentos de segurança estavam de acordo com a lei. A empresa afirma que toda a documentação exigida tanto pelo Exército quanto pelo Corpo de Bombeiros estava em dia. Texto Anterior: Polícia prende envolvido em chacina de três Próximo Texto: Homem pula em rio e se salva Índice |
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