São Paulo, quinta-feira, 27 de abril de 1995
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Família suspeita de PMs em morte de 3

Comerciante teria sido ameaçado

ANTONIO ROCHA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Familiares do comerciante Ronaldo Nappo, morto aos 22 anos na chacina de três pessoas em Franco da Rocha (Grande SP), em 15 de julho de 94, suspeitam da participação de PMs no crime.
Ronaldo tinha passagens pela polícia por roubo e porte de drogas e foi morto a tiros com Fábio Gimenes, 22, e Walquíria Costa por três homens encapuzados.
Segundo Edison Nappo, 53, pai de Ronaldo, seu filho teria sido ameaçado e intimidado várias vezes por PMs antes de morrer.
"O tenente Daniel Laghi passou em frente ao meu depósito 29 dias antes da chacina e fez um gesto para o meu filho com o indicador e o polegar, imitando uma arma disparando." O rapaz prestou queixa no 26º Batalhão da PM.
Segundo cópia das declarações do tenente no batalhão, ele negou as ameaças e disse que só conhecia o rapaz de vista. "Mas ele já foi amigo do Ronaldo", disse Nappo.
"O crime foi às 2h. Segundo testemunhas, os três já estavam mortos, mas foram colocados por PMs em uma ambulância. O carro onde estavam foi levado para a delegacia, prejudicando a perícia."
O major Walter Aparecido Petit, 46, comandante do 26º BPM, diz desconhecer a participação de PMs em chacinas. "Se houver indícios de crime, o caso será apurado e os responsáveis punidos."

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