São Paulo, quinta-feira, 27 de abril de 1995 |
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Delegado diz que tática de "inquietação" é arriscada
DA REPORTAGEM LOCAL; DA AGÊNCIA FOLHA, EM MARECHAL CÂNDIDO RONDON Policial e psicólogo contestam método aplicado no ParanáO delegado Nelson Silveira Guimarães, 48, do Departamento de Comunicação Social da Polícia Civil de São Paulo, disse que a tática de provocar inquietação nas pessoas que mantêm reféns pode não funcionar. Guimarães foi o responsável pela negociação com os sequestradores do empresário Abílio Diniz, em dezembro de 89. "A técnica de fazer barulho e não deixar dormir causa irritação", diz. "Uma pessoa irritada perde a paciência facilmente." A polícia do Paraná tem utilizado sirenes e fogos de artifício para não deixar os três assaltantes que fizeram sete reféns em Marechal Rondon dormirem. Os policiais também simulam invasões da casa. O objetivo é manter os assaltantes sob pressão e vencê-los pelo cansaço. O psiquiatra Mauro Madureira, 56, diz que a técnica é um risco e pode causar precipitação, mas funciona algumas vezes. "O assaltante já está irritado e humilhado pelo seu fracasso", diz. "Ele tende a se entregar para pelo menos poder dormir." * Colaborou a Agência Folha, em Marechal Cândido Rondon. Texto Anterior: Famílias de reféns fundaram cidade Próximo Texto: Campanha tenta reabilitar o primeiro museu de Minas Índice |
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