São Paulo, quinta-feira, 27 de abril de 1995 |
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Bolsas de Valores continuam em alta
LUIZ ANTONIO CINTRA
As ações das empresas estatais do setor elétrico em São Paulo continuaram subindo, porém em ritmo mais cauteloso. A Eletrobrás ON, que na terça-feira subiu 14,2%, ontem teve alta de 4,4%. Alguns analistas vêem problemas na privatização da Eletrobrás e de suas subsidiárias. O principal é político: a necessidade de alterar a Constituição para permitir ao capital estrangeiro participar da privatização no setor de produção de energia elétrica. Isso só será possível depois de eliminar a distinção entre empresas brasileiras e empresas brasileiras de capital nacional. Hoje apenas as últimas podem participar da privatização do setor elétrico. O volume negociado ontem na Bolsa paulista foi de R$ 299 milhões. Esse volume está próximo da média de novembro de 94, que foi de R$ 315,4 milhões. Mas ainda é menor que o volume médio de dezembro de 94, que foi de R$ 584,6 milhões. O mercado espera que na reunião de hoje do Conselho Monetário Nacional sejam aprovadas novas restrições ao crédito. Ontem, os juros médios pagos pelos Certificados de Depósitos Bancários voltaram a cair, ficando em 64,6% ao ano, rendimento bruto de 4,24% ao mês. O dólar comercial fechou cotado em média, segundo o Banco Central, a R$ 0,920, para compra, e R$ 0,921, para venda, -estável com relação à média do dia anterior. O saldo cambial da última terça-feira (incluindo as transações comerciais e as financeiras) ficou positivo em US$ 144,3 milhões. No acumulado do mês, o saldo é negativo em US$ 306,3 milhões. (Luiz Antonio Cintra) JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,1860%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 7,35% ao mês, projetando 4,25% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 7,41% ao mês, projetando 4,29% no mês. As cadernetas que vencem hoje rendem 4,7351%. CDBs prefixados de 30 dias negociados ontem: entre 38% e 65% ao ano. CDBs pós-fixados de 153 dias: 14% ao ano mais TR. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 8,85% ao mês, projetando rentabilidade de 5,14% no mês. Para 30 dias (capital de giro): de 81% a 145% ao ano. No exterior Prime rate: 9% ao ano. Libor: 6,25%. AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 3,42%, fechando com 38.258 pontos e volume financeiro de R$ 299,08 milhões. Rio: alta de 5,9%, encerrando a 18.019 pontos e movimentando R$ 39,14 milhões. Bolsas no exterior Londres: o índice Financial Times fechou a 2.449,70 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou a 16.826,49 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,920 (compra) e R$ 0,921 (venda). Segundo o Banco Central, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,915 (compra) e por R$ 0,917 (venda). "Black": R$ 0,900 (compra) e R$ 0,910 (venda). "Black" cabo: R$ 0,910 (compra) e R$ 0,913 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,880 (compra) e R$ 0,920 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: queda de 1,40%, fechando a R$ 11,28 o grama na BM&F. Câmbio contratado O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) neste mês acumulado até o dia 25 é positivo em US$ 440,9 milhões. As saídas financeiras superam as entradas de dólares em US$ 747,2 milhões. O saldo total está negativo em US$ 306,3 milhões. No exterior Segundo a "UPI", em Londres a libra fechou cotada a US$ 1,6142. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,3818 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 82,54 ienes. Em Nova York, a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 386,2. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para abril fechou a 4,22% no mês e para maio a 4,42% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para junho ficou a 40.100 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para abril fechou a R$ 0,918 e a R$ 0,942 para maio. Texto Anterior: Fiat retira importados com alíquota de 32% Próximo Texto: Indústria quer dólar cotado a R$ 0,98 Índice |
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