São Paulo, quinta-feira, 27 de abril de 1995 |
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Editora recusa Coelho 4 vezes
ANDRÉ FONTENELLE
Publicado pela editora Anne Carrière, "O Alquimista", de Coelho, se tornou a galinha dos ovos de ouro da Carrière. Anne-Marie Metailié garante que não está arrependida, nem literária, nem financeiramente. "Parabéns para a colega que o publicou. Mas não posso botar Coelho com Machado de Assis. Não é o mesmo time de futebol." "Memorial de Aires" ganhou, em francês, o nome de "Ce que les Hommes Appellent Amour" ("O que os Homens Chamam Amor"), verso do poeta britânico Shelley citado no livro. Anne-Marie explica que não pôde manter o título original. "Nenhum francês compraria um livro com um título desses. É difícil explicar por quê." Ela se manteve fiel a títulos como "Dom Casmurro" e "Quincas Borba", mas acabou por se render às evidências. "Já é difícil entender a literatura brasileira. Se ainda é preciso entender os títulos..." Na contracapa do livro de Machado, um elogio do britânico Salman Rushdie: "Por detrás de García Márquez, há Borges e detrás de Borges, fonte e origem de tudo, Machado de Assis." (AFt) Texto Anterior: França descobre o Brasil em sete livros Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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