São Paulo, quinta-feira, 27 de abril de 1995 |
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Oklahoma pára em memória das vítimas
MAURO TAGLIAFERRI
Segundo o diretor de Obras Públicas da cidade, Paul Brum Jr., esse número deve aumentar. "Ainda não verificamos a cena do crime", disse ele, referindo-se à área próxima ao Alfred Murrah. "Estamos esperando os trabalhos da perícia terminarem para entrar lá", acrescentou. Até o momento, foram contabilizados 8 edifícios que desabaram, 14 que tiveram abalos estruturais (rachaduras e encanamento estourado, principalmente) e 199 com janelas e portas quebradas. Houve estragos a até 2,4 km do local da explosão. Quando uma bomba explode, o ar em volta se expande com violência, formando uma espécie de tornado que causa destruição por onde passa. Entre as residências mais afetadas estão os 270 apartamentos do Regency Tower, um prédio de 24 andares situado a cerca de cem metros do Alfred Murrah. O residencial teve todas as janelas quebradas e foi abandonado porque está dentro da área de segurança -cerca de 12 quarteirões ao redor do local da bomba. As perdas ainda não foram calculadas. A estimativa, que na semana passada era de US$ 50 milhões, passa de US$ 100 milhões. Oklahoma City parou ontem por dez minutos para lembrar os mortos na explosão do Alfred Murrah. Entre 9h e 9h10 da manhã, uma semana após a bomba, as pessoas saíram de suas casas e escritórios e, na rua, rezaram em silêncio. O trânsito nas principais vias da cidade foi interrompido. Até ontem à noite, as equipes de resgate não haviam atingido a creche do Alfred Murrah. O número de mortos chegava a 98, com 131 pessoas desaparecidas. Texto Anterior: FBI identifica outro suspeito Próximo Texto: Irmãos Nichols renegam Estado Índice |
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