São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 1995
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CUT faz ato contra reformas na Previdência

DA REPORTAGEM LOCAL

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) promoveu ontem uma passeata no centro de São Paulo para protestar contra as reformas propostas pelo governo Fernando Henrique Cardos na Previdência.
Ontem, a CUT promoveu protestos em vários pontos do país.
Os manifestantes saíram da Praça da República e foram até a Praça Ramos de Azevedo. Segundo os organizadores, mais de 7.000 pessoas estavam presentes. Para a Polícia Militar, a manifestação contou com cerca de 2.000 pessoas.
Segundo José Lopez Feijó, presidente da CUT Estadual, as reformas devem ser feitas, mas não da maneira que o governo está propondo. "Estas propostas retiram direitos dos trabalhadores que levaram muitos anos para serem conquistados", afirma.
Segundo Feijó, a CUT defende o fim da aposentaria precoce de deputados e governadores, mas é contra o fim da aposentaria por tempo de serviço.
"Os professores da rede pública, por exemplo, estão submetidos a condições de trabalho absurdas. Não é possível que não tenham mais nem aposentadoria garantida", afirma.
Ele afirmou também que a CUT é a favor da reforma tributária. "Quem tem mais tem que pagar mais imposto".
Para Heiguiberto Guiba Navarro, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD, o governo não quer melhorar as condições de vida da população em geral.
"O presidente está se vangloriando agora porque vai assinar o salário mínimo de R$ 100. Ele não quis assinar antes, só está cedendo às pressões", afirma.
A CUT e o sindicato dos metalúrgicos farão ato contra as reformas em 1º de maio, em Diadema.

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