São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 1995
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CRONOLOGIA

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MARECHAL CÂNDIDO RONDON

Dia 24, às 4h - Três homens armados com escopetas invadem a casa do empresário Roni Martin, na rua Paraná, 190, em Marechal Cândido Rondon (PR).
5h - Eles levam Martin, 27, Leina Reuter Martin, 26, e o bebê Natália (de nove meses) até a casa de Elton Kraemer, tesoureiro da empresa de Martin (Reuter Câmbio e Turismo).
7h - Eles retornam à casa de Kraemer. Além dos Martin, estão como reféns a mulher de Kraemer, Úrsula, 28, e Fabrício e Fabiano, 7, filhos gêmeos do casal.
7h45 - A babá da Natália, Ana Paula Syperreck, 15, e a empregada da família, Ivete Scheffer, 25, chegam para o trabalho e também são feitas reféns.
8h - Martin e Kraemer são liberados para buscar US$ 500 mil (cerca de R$ 543 mil pelo câmbio comercial) para os assaltantes. Eles avisam que terão que levantar dinheiro junto a bancos.
12h30 - A polícia recebe um telefonema anônimo e cerca a casa. Kraemer e Martin não retornam mais. A negociação tem início com a Polícia Civil.
17h - O coordenador do Tigre (grupo policial anti-sequestro do Paraná), Ricardo Noronha, assume o comando das negociações. Os sequestradores exigem R$ 100 mil, um carro-forte e armas para a fuga. Eles querem levar os reféns. As negociações são interrompidas.
Dia 25, às 8h - Os sequestradores concedem entrevista a uma rádio. A polícia corta a ligação telefônica da casa. Só uma linha, de contato com a polícia, é mantida.
16h - O advogado da família Martin, Sérgio Martinez, entrega lanches, leite e iogurtes na casa.
Dia 26, às 8h45 - O médico Roberto Biagi Alegro entra na casa. Fabrício Kraemer está febril, com infecção na garganta.
11h15 - O secretário da Segurança Pública do Paraná, Cândido Martins de Oliveira, chega a Marechal Cândido Rondon. Ele afirma que só sai da cidade "após o desfecho do caso".
15h - A polícia reinicia a tática da "inquietação", disparando buzinas, sirenes e ameaçando invadir a casa. O objetivo é pressionar emocionalmente os assaltantes.
16h30 - A polícia retoma a tática de "inquietação". Dois policiais picham com sprays as janelas, para impedir que os assaltantes observem a rua.
17h40 - Os policiais levam à central de operações Fátima e Eliara Cardoso, mulher e filha de Waldecir Cardoso, conhecido como "Wal", suposto líder dos assaltantes.
18h30 - A polícia coloca Eliara, 8, em contato com Waldecir. A conversa demora 20 minutos.
23h45 - Eliara volta a se comunicar com Waldecir.
Dia 27, às 8h15 - Em contato com a polícia, uma das mulheres chora e pede uma solução para o impasse. Seu nome não é revelado.
11h20 - O secretário Oliveira afirma que a tática da "inquietação" vai continuar.
12h15 - Zenaide Barea, 25, funcionária da empresa de Roni Martin, entrega alimentos para os reféns e os sequestradores.
12h30 - Um PM utiliza um sistema de som e pede que os assaltantes se rendam e "não persistam no erro cometido, pois reparar um erro é prova de honradez".
13h45 - Chega à central de operações da polícia Leodofrido Cardoso, 60, pai de Waldecir.
17h10 - Zenaide Barea retorna à casa, levando água mineral e refrigerantes.
(JM)

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