São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Nova proposta pode pôr fim à greve na educação

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Profissionais de ensino do Estado de São Paulo decidem hoje em assembléia se aceitam uma nova proposta salarial e suspendem sua greve iniciada há 34 dias.
A nova proposta continuava sendo discutida ontem à noite por todas as partes -governo, grevistas e deputados estaduais.
Mas já estavam definidas as linhas gerais dessa "proposta intermediária". Ela deve ser apresentada hoje pela comissão de deputados, mediadora das negociações.
A proposta tem cinco pontos, alguns dos quais podem ter uma definição final só hoje, pouco antes do início da assembléia, às 14h (na praça da República, em SP).
O primeiro ponto está relacionado ao piso salarial dos professores, que passaria a R$ 200 por 20 horas-aula semanais. O governo propunha R$ 180 e os grevistas reivindicavam R$ 210.
Ontem à noite o governo tentava definir se esses R$ 200 serão pagos a partir de março (como querem os grevistas) ou em maio.
Se for em maio, o piso proposto pelo governo (R$ 180) seria pago em março e abril. O piso atual está em R$ 141.
O segundo ponto da proposta ataca a diferença salarial entre os vários níveis da carreira do magistério. Historicamente, a diferença entre um nível e outro é de 5% (há 11 níveis na carreira). Pela proposta, a diferença do salário total (com abonos) entre os níveis deve cair para 2% a 3%.
O terceiro ponto trata do estabelecimento de um mês para rediscutir os salários (uma espécie de data-base) no próximo ano. Provavelmente será março ou abril.
O quarto, diz respeito ao pagamento dos dias parados com a greve. A proposta dos deputados define que os professores se comprometem a repôr as aulas e o governo não desconta dias parados.
O último ponto da proposta trata do início imediato dos trabalhos de uma comissão que vai rediscutir tanto a carreira dos profissionais da rede como uma política salarial de médio e longo prazos.
Todas essas questões foram discutidas em uma reunião que começou às 23h de anteontem e terminou ontem às 2h da madrugada. Estavam presentes o secretário do Trabalho, Walter Barelli, diretores das entidades em greve e a comissão de deputados estaduais.

Texto Anterior: IBGE estuda custo para realização de minicenso
Próximo Texto: Hoje é o último dia para apostar na Supersena
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.