São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 1995 |
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Cubatão inicia a 'Operação inverno' dia 1º
MARCUS FERNANDES
A Operação Inverno, realizada há dez anos, visa evitar que a poluição no pólo industrial de Cubatão atinja níveis de risco à saúde dos trabalhadores da região. Diariamente, segundo a Cetesb, as 21 indústrias do município lançam no ar, como resíduo (sobra) do processo de produção, o equivalente a 86 toneladas de poeira. No inverno, o controle dessa emissão de poluentes é mais severo. Isso se deve a um fenômeno chamado "inversão térmica". No verão, a superfície terrestre está aquecida. O ar quente sobe, ajudando a levar a poluição para grandes altitudes, onde ventos fortes ajudam a dispersar a poeira. No inverno, a superfície terrestre fica mais fria. O ar frio impede que os poluentes subam e se dispersem. "As indústrias de Cubatão estão cercadas por montanhas. O ar frio é como uma tampa de panela, que impede a saída da poeira", afirmou o gerente da Cetesb em Cubatão, Élio Lopes dos Santos, 45. No ano passado, mesmo com a Operação Inverno, a Cetesb decretou um estado de alerta e um estado de emergência em Cubatão. O estado de alerta é decretado quando se detecta uma concentração de poeira no ar superior a 420 microgramas por metro cúbico. O estado de emergência se dá acima de 500 microgramas de poeira por metro cúbico de ar. No estado de alerta, a Cetesb determina a paralisação das industrias ainda em processo de instalação de sistemas controladores de poluentes. No estado de emergência, a Cetesb ordena a parada imediata de todas as indústrias de Cubatão, até que os níveis de poluentes retornem a estágios satisfatórios. Texto Anterior: IBGE poderá realizar 'minicenso' em 1996 Próximo Texto: Médico aponta pressão para fraudar laudo Índice |
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