São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 1995
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Médico aponta pressão para fraudar laudo

DA REPORTAGEM LOCAL

A Associação dos Médicos Legistas do Estado de São Paulo fez um dossiê com denúncias de pressões feitas por delegados para que médicos fraudem laudos.
Segundo o médico legista Luis Carlos Jorge, 46, presidente da associação, o dossiê foi enviado para as diretorias do IML (Instituto Médico Legal) e do CRM (Conselho Regional de Medicina).
Um dos casos envolveria um preso que foi estrangulado em uma delegacia do interior. O delegado teria pedido para que médico encarregado do laudo atestasse que o preso havia se enforcado.
O médico teria se recusado e fez a denúncia durante uma reunião entre legistas e peritos criminais com o delegado-geral, Antônio Carlos de Castro Machado.
Jorge também relatou a existência de um outro caso em que a polícia teria pressionado o médico legista para que ele mudasse seu laudo sobre a morte de uma pessoa em um motel. "Por isso queremos nos separar da Polícia Civil, à qual somos subordinados", disse.

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