São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 1995
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Polícia Federal monta operação para apreender celulares ilegais

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

A prisão de dois homens anteontem em Maceió (AL) deverá desencadear uma operação conjunta da Polícia Federal e da Receita Federal em todo o país para apreender aparelhos de telefone celular comprados com notas fiscais falsas.
Os dois homens, acusados de terem comprado ilegalmente 17 aparelhos de telefone celular no Paraguai, foram libertados ontem, sob pagamento de fiança.
Além dos aparelhos, foi apreendido um talão de notas "frias" de uma empresa "fantasma" (que não existe, de fato) de São Paulo. Segundo a PF, os nomes dos presos e da empresa fantasma não foram divulgados porque isso atrapalharia as investigações.
Os celulares estariam sendo vendidos com notas fiscais "frias" por lojistas paraguaios para "sacoleiros" brasileiros. As notas seriam de empresas paulistas fictícias e os preços até 40% menores que os de mercado.
O objetivo da emissão das notas "frias" é obter o registro dos números de telefones contrabandeados nas empresas estaduais de telecomunicações. De acordo com norma da Receita Federal, para registrar o número do telefone, as empresas de telecomunicações são obrigadas a exigir notas fiscais.
"O golpe pode ter atingido muita gente inocente, que comprou aparelhos mais baratos e perdeu o dinheiro porque eles serão apreendidos", disse o superintendente da PF de Alagoas, Bergson Toledo.
"Vamos desencadear uma operação em todo país para apreender os aparelhos com notas frias", afirmou Toledo.
O primeiro passo dessa operação é rever todos os telefones registrados em nome da empresa fictícia da qual a PF possui exemplares das notas fiscais falsas, o que pode demorar semanas.
Segundo o superintendente, os oito aparelhos vendidos pelos dois homens presos em Maceió foram identificados. Os telefones já tinham sido registrados. Os proprietários dos aparelhos foram intimados para prestar esclarecimentos e terão o equipamento apreendido.

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