São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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CNI não descarta ajuste cambial

DA SUCURSAL DO RIO

O "Informe Conjuntural" da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), divulgado ontem, diz que a inflação está "transitando para um patamar entre 2,5% e 3%" e afirma que "não pode ser descartada a necessidade de um ajuste mais significativo da taxa de câmbio".
O raciocínio dos técnicos do Departamento Econômico da CNI é que as medidas tomadas no final de março pelo governo para conter o déficit comercial -gerado pelo volume crescente de importações-, como o aumento de 32% para 70% da alíquota de Imposto de Importação de automóveis e eletrodomésticos, são de eficiência "duvidosa".
Eles consideram que a meta de um saldo positivo na balança comercial (exportações menos importações) de US$ 5 bilhões este ano é "praticamente inviável".
Os economistas da CNI entendem, ainda, que uma nova desvalorização do real frente ao dólar, como a que foi feita em março, poderia melhorar as perspectivas de resultado do fluxo comercial este ano.
Sinais fracos
Com base em números do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que mostram um crescimento da produção industrial de 16,8% no período janeiro/fevereiro deste ano, a CNI conclui também que os sinais de que o governo esteja conseguindo impor o desejado freio ao crescimento da economia ainda são fracos.
Os técnicos também colocam em dúvida a possibilidade de conseguir esse objetivo com as últimas medidas de restrição ao crédito tomadas pelo governo, como o aumento do recolhimento obrigatório ao Banco Central de recursos captados pelos bancos com a venda de CDBs (Certificados de Depósito Bancário).

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