São Paulo, sexta-feira, 28 de abril de 1995 |
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Alesi mostra força da Ferrari em treino
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
Na primeira sessão de treinos oficiais para o GP de San Marino (às 8h, horário de Brasília) a escuderia inicia "o resgate da dignidade da F-1". A frase expressa a revolta do público e da mídia italiana, que consideraram um acinte o desfecho da polêmica da gasolina não homologada utilizada por Williams e Benetton no GP do Brasil. Ontem, durante as sessões livres de treinamento realizadas para os pilotos se familiarizarem com o novo traçado do circuito, o francês Jean Alesi já mostrou seu empenho: foi o mais rápido nas duas baterias, sendo que, à tarde, estabeleceu o melhor tempo do dia (1min30s081). E tudo isso, sem utilizar o novo motor testado na última semana, no circuito de Mugello (Itália), que só entra em ação hoje. O escocês David Coulthard, da Williams, foi 0s367 mais lento que Alesi (1min30s448) e um dos únicos a fazer frente ao francês. O atual campeão mundial, o alemão Michael Schumacher, da Benetton, acabou com o terceiro tempo do dia (1min31s110). Schumacher foi mais rápido que o austríaco Gerhard Berger (quarto, com 1min31s322) e o duelo entre os "dois vencedores" de São Paulo não chegou a acontecer. Berger, assim como toda a Itália, não aceitou o fato de o alemão ter sido reabilitado da desclassificação no Brasil. E chegou a reclamar do desempenho de seu carro, afirmando que ele "ainda não tem um rendimento à altura dos Williams e dos Benettons". O fato é que Alesi bateu ambos adversários, ignorando a nova geração de motores Renault, teoricamente mais potentes, que as duas equipes utilizam em Imola. Resta saber qual dos times irá evoluir mais depois das observações feitas nas práticas de ontem. Completando o pelotão da frente (Hill, da Williams, foi o sexto e Herbert, da Benetton, o sétimo), apareceu a McLaren. O finlandês Mika Hakkinen fez o quinto tempo ontem, enquanto o inglês Nigel Mansell estreou na equipe sendo o oitavo mais rápido. Esta será a primeira corrida de Mansell em 95, depois que não disputou no Brasil e na Argentina por não se adequar ao cockpit (a cabine do piloto) de seu McLaren. Texto Anterior: EM CAMPINAS Próximo Texto: Berger refuta reconciliação Índice |
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