São Paulo, sábado, 29 de abril de 1995 |
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RFFSA começa a ser arrendada este ano
AZIZ FILHO
Popoutchi disse que as concessões poderão começar pela SR (Superintendência Regional) 9 (Tubarão, em Santa Catarina) e SR-10 (Bauru-Corumbá). São dois pequenos sistemas que, juntos, representam 8% do patrimônio operacional (linhas, viadutos, locomotivas etc) da estatal. Indagado por que não começar pelo chamado "filé mignon", que são a SR-3 (Minas-Rio) e SR-4 (São Paulo-Rio), ele disse que "ferrovia é só filé, não tem osso". "Queremos caminhar com passos seguros. Isso significa testar o mercado, o interesse das empresas, para poder corrigir o rumo do processo", afirmou Popoutchi. Em dois anos, segundo ele, toda a rede deverá estar arrendada à iniciativa privada. Com um patrimônio de US$ 16,6 bilhões (o maior das estatais), ela fatura cerca de US$ 1 bilhão por ano. Monopólios Ele disse que o programa de privatizações do governo deverá adotar soluções para impedir que a atividade do Estado seja substituída por monopólio privado. A nomeação de Popoutchi foi uma sinalização do presidente Fernando Henrique Cardoso de que espera mais agilidade no processo de privatização da estatal, conduzido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Popoutchi assumiu a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) em 1990, estadualizando os serviços de transporte de passageiros e diminuindo o quadro de funcionários de 22.000 para 3.800. Ele afirmou ontem que vai estimular aposentadorias para diminuir o número de funcionários da estatal, que atualmente chega a 44 mil. Texto Anterior: COMUNICADO Próximo Texto: FHC assina a lei que leva mínimo a R$ 100 em maio Índice |
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