São Paulo, sábado, 29 de abril de 1995 |
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Sindicato é contrário
DA REPORTAGEM LOCAL O presidente do Sinduscon, Eduardo Capobianco, é radicalmente contra a obrigatoriedade do seguro-garantia.Ele afirma que a obrigatoriedade beneficiaria as grandes empreiteiras, ampliaria a possibilidade de corrupção, acabaria com a concorrência entre as empresas que oferecem garantias e elevaria o preço das obras públicas. Segundo Capobianco, a obrigatoriedade do seguro abriria margem para que as licitações fossem dirigidas. Com a mudança, disse, o Instituto de Resseguros do Brasil teria todas as informações sobre as construtoras de obras públicas do país. E teria também dados sobre quais delas estão solicitando o seguro-garantia. Com isso, acredita, seriam ampliadas as possibilidades de manipulação das concorrências. A obrigatoriedade, de acordo com Capobianco, teria ainda o efeito de reservar todas as obras de vulto para as grandes empreiteiras. O presidente do Sinduscon observou que a concessão do seguro se faz a partir da análise dos dados econômicos e financeiros da empreiteira e não a partir de sua capacidade empresarial. Como têm um patrimônio maior, as grandes empreiteiras conseguiriam melhores condições que as pequenas. Capobianco também se posicionou contra a cobertura de 100% do valor da obra. Segundo ele, o prejuízo nunca chega a esse teto. Texto Anterior: Entidades defendem seguro em licitações Próximo Texto: Seguro é de 100% nos EUA Índice |
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