São Paulo, sábado, 29 de abril de 1995
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Malan volta a atacar os 'coveiros do Real'

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Pedro Malan (Fazenda) voltou a rebater as críticas contra o Plano Real. Ontem, ele disse que as recentes medidas de restrição ao crédito (adotadas anteontem) vão demonstrar o quanto estão equivocados os "alarmistas de plantão" e os "candidatos a coveiros do real".
Malan apontou os "auditores apressados" e os "consultores muito bem pagos por empresas privadas" como os responsáveis pelas projeções inflacionárias que apontavam índices de 5% ou 6% para dezembro de 1994 e janeiro de 1995.
"Isto não aconteceu. A inflação flutua mês a mês no mundo inteiro. Na Suíça, no Japão...", disse.
Demonstrando calma, Malan disse que o governo "vai virar o jogo", ao defender o Plano Real. "Vamos ter superávit na balança comercial significativo em 1995. As medidas certamente reduzem a demanda por importações".
O superávit na balança comercial é conseguido quando as exportações superam as importações.
Malan afirmou que se o governo ficasse paralisado e não tomasse qualquer medida contra o aumento das vendas no comércio poderia gerar expectativas maiores em relação à inflação.
O objetivo das medidas, disse Malan, é evitar as expectativas de aceleração excessiva da inflação.
Durante entrevista à "TV Globo", chamou de "choradeira" as reclamações dos comerciantes contra as medidas anticonsumo.
"Não tenho dúvidas de que existe uma choradeira nesta questão. Os dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo mostram que existe um crescimento das vendas e da produção no primeiro trimestre de 1995".

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