São Paulo, sábado, 29 de abril de 1995
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Supermercados reajustam preços em 0,55%

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Os supermercados de São Paulo reajustaram seus preços em 0,55% no período de 19 a 26 de abril. Esta taxa mostra desaceleração em relação ao 0,72% do período imediatamente anterior.
Nos hipermercados, a tendência foi inversa. Os reajustes do período foram de 1,12%, contra 0,68% na semana anterior.
Os dados são do Datafolha, que pesquisa preços de cem itens em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulo. A pesquisa inclui os setores de alimentos, de higiene e de limpeza. A alta acumulada em abril é de 1,6% nos supermercados e de 1,5% nos hipermercados.
Com o aumento desta semana, os preços médios praticados pelos hipermercados retornaram ao patamar do final de junho.
Às vésperas do Plano Real, os preços estavam elevados devido a aumentos preventivos de indústria e varejo.
Firmino Rodrigues Alves, presidente em exercício da Associação Paulista de Supermercados, diz que os reajustes menores se devem à queda das vendas e aumento de promoções."Nesta semana, o movimento foi muito fraco, o que deve ocorrer também na próxima", afirmou.
Quanto às mais recentes medidas anticonsumo, Rodrigues diz que o governo está tomando atitudes duras demais contra o comércio e supermercados. "O governo deveria ser rigoroso também na resolução de seus próprios problemas, o que não está ocorrendo".
Não deve haver grandes oscilações de preços nas próximas semanas. Com vendas em baixa, os supermercados também vão comprar menos, o que inibe os reajustes por parte das indústrias, segundo o presidente em exercício da Apas.
As maiores pressões encontradas pelo Datafolha neste mês vieram de produtos de higiene e de limpeza, que acumulam reajustes de 5,5%.
Outra pesquisa do Datafolha, que inclui apenas alimentos básicos, mostrou aceleração de 0,73% na semana. Cebola (14,29%) e tomate (12,50%) lideraram. O feijão subiu (2,36%), mas o arroz, em plena safra, continua com preços estáveis.
Já o custo médio da cesta básica medido pelo Procon, em convênio com o Dieese, ficou estável. A única puxada de preços foi a de produtos de higiene (mais 2%).

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