São Paulo, sábado, 29 de abril de 1995
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Saiba quem foi o documentarista João Carriço

DA AGÊNCIA FOLHA, EM JUIZ DE FORA

O cinedocumentarista João Gonçalvez Carriço foi um aficcionado por cinema que levou à falência a funerária da família para bancar suas produções.
Ele é definido pelo diretor Alexandre Alvarenga como um "sonhador, idealista e visionário, que pretendia transformar Juiz de Fora em uma nova Hollywood".
No início do século, ele montou um cinema ambulante, que circulava na região de Juiz de Fora em um carro de boi.
Na década de 20, criou o Cine Popular, que funcionava nas instalações da funerária da família.
A partir de 1933, iniciou sua produção. Filmava eventos políticos, missas, jogos de futebol, bailes de Carnaval e festas.
Chegou a ter dez câmeras, refletores e caminhão de som. Em seu estúdio, ele revelava e copiava seus documentários.
"Para financiar suas despesas com a filmagem, ele aguardava a chegada de mais um defunto para levantar o financiamento", disse o diretor.
As atividades da "Carriço Film" se reduziram nos anos 50, quando a família perdeu a concessão do serviço funerário.
Apenas um terço do total de filmes que dirigiu ainda existe e se encontra na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.

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