São Paulo, domingo, 30 de abril de 1995
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Reféns deixam o cativeiro e vão para hospital

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MARECHAL CÂNDIDO RONDON

Os sete reféns mantidos pelos sequestradores foram submetidos a exames médicos assim que saíram do cativeiro.
Eles foram levados ao hospital Marechal Cândido Rondon (a 600 metros da casa do empresário Roni Martin). Seis deles foram liberados após exames médicos.
Segundo o médico Roberto Biagi Alegro, com exceção de Leina Reuter Martin, todos os reféns estavam "em perfeitas condições físicas".
Leina levou quatro tiros. Teve o braço esquerdo atingido, duas perfurações abdominais e um tiro na coxa direita que saiu pela nádega.
Operada pelo médico Alegro, ele apresentava "boas condições clínicas" às 9h40 de ontem.
A empregada Ivete Scheffer contou que na noite de anteontem sua patroa, Leina, entregou uma camiseta branca para ela e outra para a babá Ana Paula Syperreck. Leina e Úrsula já usavam camisetas brancas. Segundo Ivete, Leina disse para não perguntar nada, "só para vestir e calar".
O uso de camisetas brancas foi uma orientação da polícia, que preparava a invasão, e foi transmitida na noite de anteontem pelo médico Roberto Biagi Alegro em sua última entrada na casa.
O garoto Fabiano Kraemer, 7, disse que os "tios eram até legais". Ele afirmou que perguntou, na noite de anteontem, para um deles, como iriam sair da casa "com toda essa polícia aí". A resposta foi que "logo se arruma a situação".
'Abafa'
O secretário da Segurança disse que os policiais que invadiram a casa foram treinados recentemente por especialistas franceses na "tática do abafa", que utiliza bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e requer planejamento detalhado.

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