São Paulo, domingo, 30 de abril de 1995
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Bancos vão ao exterior para captar recursos

DA "AGÊNCIA DINHEIRO VIVO"

Os bancos estão recorrendo ao mercado externo para captação de recursos, já que as recentes medidas do governo impedem o crescimento da base de captação interna. O cenário internacional ainda não é plenamente favorável, mas algumas empresas e bancos estão conseguindo furar o bloqueio.
O custo de captação subiu. Até a crise do México, os bancos conseguiam linhas externas a taxas em torno de 8,5%. Hoje, o mínimo está em torno de 10%. O custo para o tomador, que estava em 18%, em média, deve superar 21%.
O risco cambial é maior a curto prazo. Como as operações em 63 são de três anos, reajustes na taxa do dólar se diluem. As empresas devem ficar atentas, pois a oferta de crédito em dólar deve crescer.
Para quem precisa de recursos por prazos de até 180 dias a situação é mais complicada. As mudanças no compulsório elevaram as taxas do giro pré.
Não fosse esta medida, o giro poderia até cair em maio, porque o over será menor que o de abril (0,19% por dia útil contra 0,25%, respectivamente).
Os bancos, porém, vão manter os juros do giro pré elevados para compensar o aumento dos custos por causa do compulsório.
Mesmo que os juros do CDI se descolem do over-selic, pelo menos no início do mês o hot money deve ficar abaixo do giro. O hot é opção nos primeiros dias de maio.

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