São Paulo, domingo, 30 de abril de 1995 |
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Para Fiesp, número de feriados é 'normal'
DA REPORTAGEM LOCAL Erramos: 10/06/95Diferentemente do que diz a reportagem "Para Fiesp, número de feriados é normal", publicada no caderno Finanças de 30/4, 1º de janeiro é Dia da Confraternização Mundial. Na mesma reportagem, não foi inclído como feriado nacional o dia 15 de novembro (Proclamação da República). Para Fiesp, número de feriados é 'normal' Nos últimos 30 dias, o país teve três finais de semana prolongados por causa de feriados oficiais -a Paixão, na tradicional sexta-feira Santa, o dia de Tiradentes, 21 de abril, e amanhã, 1º de maio, o Dia do Trabalho. Mas a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) não vê o Brasil como um caso especial na questão dos feriados. Para Boris Tabacof, diretor titular do Departamento de Economia da Fiesp, é um "mito" atribuir ao Brasil a condição de "campeão mundial de feriados". Para ele, feriados nacionais e religiosos são uma prática "absolutamente normal" de diferentes culturas em todo o mundo. A indústria não considera os feriados "uma surpresa". São conhecidos com antecedência e as empresas se preparam para eles, de acordo com as condições do mercado. Encargos "O que preocupa a indústria não são os feriados, mas sim os elevados encargos sociais sobre a folha de pagamentos e a rigidez da legislação trabalhista", diz. "Se o trabalhador põe cem no bolso, as empresas têm que arcar com 200 de encargos", afirma. Para ele, essa situação é que incide "negativamente" sobre a retomada do emprego industrial e não o número de feriados no país. Em 94, o Brasil teve oito feriados oficiais: 1º de janeiro, Dia de Todos os Santos; a sexta-feira da Paixão, em abril, e 21 de abril, o Dia de Tiradentes; 1º de maio ( Dia do Trabalho); 7 de setembro, o Dia da Independência; 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora da Aparecida (Padroeira do Brasil) e o Natal. Nos Estados Unidos, houve 11 feriados nacionais em 1994: 1º de janeiro; 16 de janeiro (Dia de Martin Luther King); 12 de fevereiro (Dia de Abraham Lincoln); 20 de fevereiro (Dia de George Washington); 29 de maio (Dia em Homenagem aos Mortos nas Guerras); 4 de julho (Dia da Independência; 4 de setembro (Dia do Trabalho); 9 de outubro (Dia de Cristovão Colombo); 11 de novembro (Dia do Veterano de Guerras); 23 de novembro (Dia de Ação de Graças) e 25 de dezembro (Natal). Na França, houve 11 feriados nacionais em 94; na Argentina, dez, e no México, sete. Segundo Boris Tabacof, a indústria considera "normal" o número de feriados no país. "É um problema cultural, que existe em todo o mundo, não vemos isso como uma questão especial". Para a Fiesp, compensa pagar horas extras e criar turnos adicionais de trabalho se o mercado está aquecido. "Mas, se há recessão, com ou sem feriados, a indústria concede férias coletivas aos seus trabalhadores ou corta mão-de-obra", diz Tabacof. Texto Anterior: Bancos vão ao exterior para captar recursos Próximo Texto: Cartão de supermercado é opção para adiar pagamento Índice |
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