São Paulo, domingo, 30 de abril de 1995
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Siga estas dicas para levar mais vantagem

Ter um cartão das próprias redes de supermercados é simples. Geralmente, basta preencher um cadastro com dados pessoais, comprovantes de renda e de rendimento, apresentar documentos (como CIC e RG) e ter mais de 21 anos ou ser emancipado.
Cada grupo estabelece uma renda mínima para que seu cliente possa ter o cartão. O valor de seu crédito (até quanto você pode gastar com o cartão) também é fixado pelas empresas, de acordo com a sua renda mensal.
Ao contrário dos cartões de crédito tradicionais (Credicard, Visa etc.), que cobram uma anuidade de seus associados, os dos supermercados são gratuitos.
Em contrapartida, fora das promoções, estes cartões cobram juros desde a data da compra até o seu pagamento.
Se você estiver sem dinheiro e precisar utilizar o cartão, procure pagar sua dívida o mais rapidamente possível. Não espere a data de vencimento da fatura. Desta forma, pagará juros apenas sobre os dias em que ficou em débito.
Você escolhe a data de vencimento da fatura, entre as várias alternativas oferecidas pelos estabelecimentos (ver quadro acima).
Opte por aquela mais próxima ao dia em que você tem mais dinheiro no mês. Por exemplo, a data na qual você recebe o seu salário ou outro rendimento (como aluguel de um imóvel).
Procure não entrar no crédito rotativo. Por esse sistema, você paga, por exemplo, 20% do valor da fatura e refinancia o restante.
Se fizer novas compras, elas serão incorporadas a este débito. Na fatura seguinte, terá que pagar de novo no mínimo 20% do total, refinanciando o restante.
Como incidem juros (hoje entre 10% e 10,5% ao mês) sempre sobre o valor total da fatura, sua dívida vai crescendo e pode transformar-se em uma "bola de neve" da qual você terá dificuldade em sair.
Além disso, os juros variam muito, de acordo com o mercado. Ou seja, você não sabe, com antecedência, qual será a taxa da próxima fatura.

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