São Paulo, domingo, 30 de abril de 1995
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AUMENTO DE JORNADA

DO "USA TODAY"

Não se sabe ao certo se os norte-americanos estão realmente trabalhando mais horas por semana ou se o trabalho está provocando mais angústia neles.
Mas "muitos americanos estão literalmente se matando de trabalhar", afirma Juliet Schor, economista da Universidade de Harvard.
Juliet cita estudos que mostram que "a maioria dos norte-americanos dorme de 60 a 90 minutos menos por noite do que seria o ideal à saúde e ao desempenho".
Uma pesquisa realizada recentemente pela revista "Prevention" constatou que 30% dos adultos americanos dormem, em média, seis horas ou menos por noite -um aumento de 7% no total de insones nos últimos dois anos.
O resultado, segundo a economista, é o aumento de doenças cardíacas, hipertensão, problemas gástricos, depressão e exaustão.
Larry Van Craeynest, dono de uma fábrica de jóias em São Francisco, acorda de segunda a sexta-feira às 3h15. Esta rotina permite que Larry faça ligações interurbanas para seus clientes na costa leste dos Estados Unidos.
Mas ele adianta seu despertador 45 minutos, para que indique 4h no momento em que toca. "Tenho a ilusão de que estou acordando numa hora mais civilizada."
Depois de chegar em casa às 20h e cuidar do jantar, dos filhos e dos trabalhos domésticos, Van Craeynest se deita às 23h30. "Fico furioso por ter que levantar de novo poucas horas depois."
A vida frenética dos profissionais também tem um impacto forte sobre seus filhos, diz a socióloga Denise Donnelly, da Universidade Estadual da Geórgia.
"Uma menina de oito anos me disse que tem tantas coisas para fazer que vive cansada o tempo inteiro", conta Donnelly. "Ela faz futebol, balé e lição de casa."
Tradução Clara Allain

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