São Paulo, terça-feira, 2 de maio de 1995
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CEF abortou enxugamento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O programa de ajuste dos bancos públicos, que no BB (Banco do Brasil) poderá implicar no fechamento de 255 agências, foi parcialmente abortado na CEF (Caixa Econômica Federal) em função de pressões políticas.
No ano passado, um trabalho do Comif (Comitê de Controle das Instituições Financeiras Federais) mostrou que os bancos públicos federais fazem uma competição predatória entre si.
O presidente da CEF, Sérgio Cutolo, desistiu de substituir as atuais 31 superintendências existentes por apenas seis coordenadorias nacionais, devido a pressões políticas.
Isto ocorreu há duas semanas, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso estava nos Estados Unidos e foi substituído pelo vice, Marco Maciel, que determinou a suspensão do projeto.
Filiado ao PFL, Maciel atendeu à solicitação dos seus correligionários, que temem perder influência política com a decisão. Ao voltar, FHC endossou a decisão.
Este fato mostra que será difícil concretizar qualquer plano de enxugamento em bancos oficiais, exatamente por causa de pressões políticas.

Outro lado
A Folha procurou, durante todo o dia de ontem, o presidente do BB, Paulo César Ximenes.
Na sua residência, em Brasília, a reportagem foi informada que Ximenes estava viajando e não havia como localizá-lo. O presidente do BB deve voltar a Brasília hoje.
A assessoria de imprensa do Banco do Brasil informou, noite de ontem, que Ximenes não iria se pronunciar antes da publicação desta reportagem.

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