São Paulo, terça-feira, 2 de maio de 1995 |
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Trabalhador tem que chorar, diz Lula
MARCELO MOREIRA
Segundo Lula, o trabalhador ganha um salário mínimo insuficiente para a sua sobrevivência e ainda ``corre o risco de perder benefícios com a reforma da Previdência". Lula participou, ao lado do presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva, e de deputados estaduais e federais, de ato pelo Dia do Trabalho em Diadema. O evento reuniu 20 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, e 30 mil, segundo os organizadores. Lula discursou por cinco minutos. Afirmou que, apesar de o PT ter perdido duas eleições, o partido vai continuar lutando para que a ``população tenha maior consciência política para eleger um governo efetivamente trabalhador". Vicentinho aproveitou seu discurso para criticar a Força Sindical. Para ele, a Força é ``pelega, pois está apoiando incondicionalmente as reformas propostas sem analisar profundamente". Segundo Vicentinho, a CUT também deverá propor mudanças na Constituição. A primeira seria o fim das aposentadorias especiais. A central vai propor ainda auditoria na Previdência para descobrir o destino do dinheiro do trabalhador que, disse, ``foi roubado". Segundo o tenente PM José Resende, o ato foi considerado tranquilo, com a prisão de apenas duas pessoas por desordem. O ponto alto da festa, que contou com a presença de nove artistas, foi quando Lula subiu ao palco ao lado de Roberto Seixas, cover (imitação) de Raul Seixas, e ensaiou alguns passos na música ``Trem das Sete". Texto Anterior: ITAMAR 1; ITAMAR 2; SIGILO; ARACAJU; MARINALVA Próximo Texto: Nitrogênio líquido destrói câncer de próstata Índice |
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