São Paulo, terça-feira, 2 de maio de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Nitrogênio líquido destrói câncer de próstata
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Pesquisadores da Universidade Estadual Wayne, em Detroit (EUA), conseguiram combater com sucesso o câncer de próstata com o uso de nitrogênio líquido.A técnica -chamada de criocirurgia- destrói o tumor maligno em 90% dos casos. De acordo com os médicos, que divulgaram os resultados em um congresso científico, a técnica deve ser aplicada nos estágios iniciais da doença. Duke Bahn, diretor do Departamento de Radiologia do Hospital Crittenton (EUA) e professor da Universidade Wayne, afirma que a técnica também apresenta menos complicações do que as decorrentes de cirurgias convencionais. "Para pacientes cujo câncer está confinado à próstata, eu recomendo a criocirurgia como primeira opção de tratamento, disse Bahn. A técnica consiste na inserção de duas sondas semelhantes a agulhas sob a pele. Elas são guiadas por um aparelho de ultra-som até a glândula doente. Quando chega ao local, o nitrogênio líquido -que chega a -200oC- é injetado, congelando a próstata e matando as células cancerosas. O nervo que controla a ereção -que fica próximo à próstata- também é destruído, causando impotência. "Entretanto, esse nervo costuma se regenerar e, após seis meses, a potência começa a retornar, diz Bahn. Metade dos pacientes disseram tê-la recuperado depois de dois anos. Um problema causado pela cirurgia tradicional -a incontinência- acontece em apenas 1% dos casos de uso da nova técnica, contra 30% do método usual. Bahn explica que testes de longa duração -de 10 a 20 anos- são necessários, porque o câncer da próstata cresce lentamente. O tratamento -que exige apenas um dia de internação- pode ser tentado novamente se os resultados não forem satisfatórios. Texto Anterior: Trabalhador tem que chorar, diz Lula Próximo Texto: Tinta com DNA combate pirataria Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |