São Paulo, terça-feira, 2 de maio de 1995 |
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'Invasão foi última alternativa'
MÔNICA SANTANNA
Ele afirmou que Pedro Beltramin teria disparado um tiro de espingarda, quando os policiais entraram no quarto, e foi atingido em seguida com um tiro. A seguir os principais trechos da entrevista à Agência Folha: Agência Folha - Quem planejou a invasão da casa? Artur Braga - Sete delegados do Paraná, dois delegados de Santa Catarina e quatro policiais militares. Tudo sob a coordenação do secretário Cândido. Decidimos tudo na madrugada do sábado. A invasão foi a última alternativa, porque os sequestradores não cederam nada nas exigências e disseram que o bebê ia ser morto no sábado. Agência Folha - Quanto tempo vocês treinaram? Braga - Dois dias, durante o dia e à noite, na casa que foi montada a partir das informações do engenheiro que a construiu e com informações do médico, que esteve por nove vezes na casa. Agência Folha - Vocês sabiam onde estavam os reféns? Braga - Não. Sabíamos a posição dos móveis e o tamanho do quarto, mas onde estavam todos não tínhamos condições de saber. Sabíamos também que os reféns deveriam estar vestidos de branco. Agência Folha - Como Leina Martin foi atingida? Braga - Ela estava na cama, junto com a filha (o bebê Natália) e outra mulher. O Pedro Beltramin estava sentado por cima das três. Ele foi atingido primeiro e caiu atirando sobre Leina, que se jogou para cima do bebê. Agência Folha - Havia risco de algum refém ser morto? Braga - Sim, porque o ambiente era muito pequeno e cheio de móveis. Mas fomos preparados com armas de cano curto (revólveres calibre 38) para evitar consequências mais graves. Agência Folha- Quantos policiais participaram da invasão? Braga - Foram 21. (MS) Texto Anterior: Invasão no PR previa morte de reféns Próximo Texto: Refém deve deixar UTI Índice |
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