São Paulo, terça-feira, 2 de maio de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Conheça o seguro mais adequado a cada carro
ROSANGELA DE MOURA
Paulo Tadeu Umeki, 36, diretor de seguros de automóveis da Vera Cruz, esclarece que o primeiro passo para escolher uma apólice é fazer uma consulta a um corretor, para conhecer o que as principais empresas oferecem ao segurado. Ele explicou que o corretor é responsável pelo que oferece e pode até ser penalizado através de ação de responsabilidade civil em caso de a companhia não cumprir o estabelecido no contrato. Como as combinações dos tipos de cobertura oferecidos pelas principais empresas são diferentes, o consumidor deve analisar o seguro e o serviço oferecido, e optar pelo que é mais útil ao seu dia-a-dia. Umeki disse que uma pessoa que viaja muito não deve fazer um seguro sem assistência em viagem, que garante a remoção do carro e dos passageiros. Quem trabalha com transporte de pessoas deve escolher um plano que tenha a cobertura em caso de acidentes pessoais de ocupantes do veículo, afirma Umeki. Hoje, o segurado vem se beneficiando com a concorrência entre as seguradoras, que procuram se diferenciar, oferecendo mais serviços para o consumidor. Revisão no veículo, equipamento antifurto, gravação da placa do carro no vidro, instalação de brake-light (terceira luz de freio) e até carro reserva em caso de acidentes são oferecidos gratuitamente por algumas seguradoras. Empresas como a União Seguros e a Vera Cruz incluem no preço da apólice o ``Plano de Assistência 24 Horas", que cobre hospedagem no caso de problemas no carro, durante uma viagem, serviços de guincho para remoção do veículo, despesas de locação, para retorno à residência, no caso de roubo do veículo e despesas com serviços mecânicos, que dispensam a substituição de peças. As empresas de seguro estão deixando de se preocupar apenas com o veículo e vêm criando coberturas para beneficiar os ocupantes e os objetos transportados, mas ainda cobram muito para fazer o seguro dos acessórios. Para segurar um equipamento de som estipulado em R$ 1.000, as companhias cobram de R$ 300 a R$ 350 do proprietário. No caso de o equipamento ser roubado, o segurado tem que pagar uma franquia, que varia de R$ 200 a R$ 250, para receber a indenização (veja quadro ao lado). Nenhuma das empresas consultadas pela Folha faz seguro de telefone celular. Já equipamentos e acessórios como direção hidráulica, vidro degradê, retrovisor eletrônico e ar-condicionado constam da apólice, ao se estipular o valor de mercado do veículo. As principais empresas de seguro, de acordo com a quantidade de veículos segurados, são Sul América, Porto Seguro e Bradesco. Elas estabelecem o preço do seguro com base no preço de peças, custo de mão-de-obra das oficinas e índice de roubos de cada carro. Variação Segundo Luiz Alberto Pomarole, gerente da Porto Seguros, esses índices podem variar por região. ``Em São Paulo, onde a concorrência é maior, os preços de mão-de-obra e das peças são controlados; já em outras regiões, o preço pode ser mais alto em função de não haver muitas oficinas e disponibilidade de peças", diz. Texto Anterior: Cuidados básicos aumentam vida útil Próximo Texto: Comerciante faz contrato após roubo Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |