São Paulo, terça-feira, 2 de maio de 1995
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Modelos mais visados por ladrões têm taxa elevada

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O seguro de um Fusca ou de uma Brasília (modelo que já saiu de linha) é proporcionalmente mais caro que o do Monza.
Isso ocorre porque os dois modelos da VW estão entre os mais visados por ladrões, segundo Luiz Alberto Pomarole, da Porto Seguro. Também há muito roubo de utilitários.
As seguradoras classificam os veículos pela sua marca e categoria -em esportivo, básico, utilitário e picapes, por exemplo.
Esportivos, como os nacionais Gol GTI, Escort XR3 e Uno Turbo, e importados, como Ford Mustang e Mitsubishi Eclipse, são os carros que se envolvem mais em acidentes.
Isso torna suas apólices mais caras, segundo Pomarole.
Os carros importados e os modelos de luxo também têm seguros altos, porque o custo de reparo e o preço das peças são mais altos.
Paulo Umeki, da Vera Cruz, afirma que a perua Kombi é o veículo com maior custo de cobertura por seguro. Na Vera Cruz é cobrado 28% do valor do utilitário.
Segundo Umeki, a Kombi circula o dia todo no trânsito pesado das grandes cidades, o que a torna mais sujeita a acidentes. Também é muito visada por ladrões, em busca de sua carga. É ainda o carro mais sujeito a incêndios.
O Monza paga menos seguro -em média, para carros 0 km, 5,5% de seu valor- porque seus proprietários são normalmente mais cautelosos ao dirigir. O custo de reparos no carro é baixo.
Estatísticas mostram que a cada ano há roubo ou furto de 3% dos carros existentes no Estado de São Paulo. Sofrem acidentes 14 em cada grupo de 100 veículos, de acordo com Umeki.
O seguro obrigatório -o DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres)- é pago ao registrar ou licenciar o veículo.
Ele garante ao segurado indenização em caso de morte (R$ 5.081,79), invalidez permanente (até R$ 5.081,79) e despesas médicas (até R$ 1.524,54).
Segundo a Fenaseg (Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização), esses valores são válidos para maio.

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