São Paulo, quarta-feira, 3 de maio de 1995
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Real aquece consumo de cigarros

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

Mais do que o lucro de R$ 33 milhões no primeiro trimestre do ano, a Souza Cruz comemora o aumento do consumo de cigarros no Plano Real.
No primeiro trimestre de 1994, a empresa havia tido prejuízo de de R$ 27 milhões. Com o aquecimento das vendas no segundo semestre -a partir da implantação do Plano Real-, a empresa conseguiu fechar 94 com lucro US$ 85,4 milhões.
Em comparação com o primeiro trimestre de 1994, o brasileiro está fumando 25,8% a mais. Fumou 24,5 bilhões de cigarros nos três primeiros meses de 1994 e passou para 30,9 bilhões de cigarros.
Para Milton Cabral, diretor financeiro da empresa, este aumento de consumo mostra que as campanhas anti-tabagistas não influenciam definitivamente o consumo no país.
``O consumidor brasileiro que ter dinheiro no bolso para consumir", diz Cabral.
Para ele, estas campanhas alcançam um tipo de consumidor mais sofisticado e por isso são mais efetivas em países mais desenvolvidos do que o Brasil, como o Canadá.
Além do aumento do consumo do mercado como um todo, a Souza Cruz conseguiu aumentar sua participação no mercado nacional de cigarros de 75% no primeiro trimestre de 1994 para 82,7% nos primeiros três meses de 1995.
Cabral credita este aumento de mercado ao fato de ter havido uma corrida para marcas mais caras como Hollywood, Carlton e Free.
O Dallas, da concorrente Philip Morris, caiu do segundo lugar entre os mais vendidos para sexto. O Derby, marca barata da Souza Cruz, ainda continua como o cigarro mais vendido do país, com 31,3% do mercado.

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