São Paulo, sexta-feira, 5 de maio de 1995 |
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Legislativo prepara modernização política
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
Essa é outra das conclusões da pesquisa que Souza coordenou junto com Bolivar Lamounier, para o Idesp (Instituto de Estudos Econômicos, Sociais e Políticos de São Paulo). Para Amaury de Souza, o presidente FHC nem deveria mandar um projeto de reforma política. ``O Congresso vai fazer sua própria reforma", afirmou. E, pela pesquisa, a reforma melhora o sistema político. Por exemplo: 68% dos parlamentares entendem que somente partidos com 5% da votação nacional devem ter representação na Câmara. Se esse critério já estivesse em vigor, haveria apenas oito partidos na Câmara, em vez dos atuais 17. Também há maioria suficiente para mudar o funcionamento do Congresso. São 47% os parlamentares que apóiam a cassação do mandato do deputado ou senador que mudar de partido. Ainda não é a maioria absoluta. Mas, no Congresso anterior, apenas 13% apoiavam essa medida. E nada menos que 78% dos parlamentares são favoráveis à extinção do voto de liderança, sistema pelo qual o líder da bancada pode votar em nome de todos os seus integrantes. Há ainda maioria ampla, acima de 60%, para propostas que dão maior poder de decisão às comissões, reduzem as sessões plenárias, concentram os trabalhos em três semanas por mês e regulam o atuação dos grupos de pressão. Na linha da moralidade, 61% dos entrevistados apóiam a proibição de nomeação de parentes e 84% aprovam a extinção da imunidade parlamentar nos casos de crime comum. (CAS) Texto Anterior: Maioria do Congresso apóia reforma econômica Próximo Texto: FHC volta a acenar com projeto São Francisco Índice |
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