São Paulo, sexta-feira, 5 de maio de 1995 |
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Senado rejeita processo contra Amorim
RAQUEL ULHÔA
Em votação simbólica, os senadores rejeitaram parecer da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) que admitia processo parlamentar contra Amorim. Havia 50 senadores no plenário. Apenas seis votaram pela abertura do processo. Amorim, ex-prefeito de Ariquemes, foi acusado por sua ex-mulher, Hélia Santana, de envolvimento com o tráfico de drogas. O relator do parecer, Josaphat Marinho (PFL-BA), defendeu a decisão da CCJ, argumentando que a instalação de uma comissão processante contra o senador não significaria sua condenação. Segundo ele, havia elementos que justificavam a ``apuração" dos fatos, para comprovar se o comportamento de Amorim -mesmo anterior à sua eleição- comprometem o mandato. Tuma, porém, encarregado de apurar se havia inquéritos policiais ou processos judiciais contra Amorim, ou qualquer outro indício de que o senador cometeu os crimes dos quais é acusado (inclusive contrabando de minério), disse que não encontrou ``nada". Ele teve 30 dias para atuar. Votaram também a favor do parecer da CCJ Eduardo Suplicy (PT-SP), Beni Veras (PSDB-CE), Benedita da Silva (PT-RJ), Jefferson Peres (PSDB-AM) e Emília Fernandes (PTB-RS). Volta à Mesa Amorim comemorou a decisão e anunciou que volta a ocupar a 4ª secretaria da Mesa Diretora, da qual pediu licença temporária para aguardar as investigações. A filha de Amorim, Elma, 22, disse à Folha que a decisão ``foi um alívio" para sua família. Ela disse que vivia uma situação ``constrangedora", desde que a imprensa começou a publicar acusações contra o pai. ``Eu estudo direito na Universidade de Brasília e lá ninguém sabe de quem sou filha. Eu vivia com medo de que alguém falasse no caso dele", disse. Texto Anterior: Governador suspende campanha publicitária Próximo Texto: Subtipo de HIV influencia risco de transmissão Índice |
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