São Paulo, sexta-feira, 5 de maio de 1995
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As prioridades da prefeitura

EDIVALDO ALVES ESTIMA
Mais uma vez, o vereador Odilon Guedes se insurge sobre a execução do Orçamento municipal. Dessa vez, dá ênfase às prioridades do prefeito Paulo Maluf, que a seu ver privilegia as grandes obras em detrimento da aplicação de recursos nas áreas sociais.
A atual administração realmente alterou as prioridades em relação às da administração anterior. Encerrou-se, definitivamente, o empreguismo indiscriminado na área social, que ocorria como se, aumentado o quadro de pessoal, estivesse garantida a melhoria dos serviços prestados à população.
Buscou-se, num primeiro momento, concluir o que estava em andamento e fazer funcionar o que já existia, em lugar da construção de novos equipamentos. Acabou-se com o sorvedouro de recursos públicos que era a CMTC. As finanças da Prefeitura de São Paulo foram recuperadas e hoje pode-se investir em obras de infra-estrutura viária, quando, em 1992, a administração anterior teve de buscar empréstimos para pagar despesas correntes.
O prefeito Maluf recebeu a prefeitura com um déficit de US$ 320 milhões, ou seja, para manter e operar o que já existia na cidade, gastou US$ 320 milhões do que arrecadou. Em outras palavras, a prefeitura tinha capacidade de investimento com recursos próprios ``negativa". Ou, à luz da resolução número 11/94 do Senado, não podia tomar empréstimos, pois não tinha capacidade de endividamento.
Em dois anos, a administração Maluf reverteu esse quadro e apresentou em 1994 um superávit corrente de US$ 730 milhões. Hoje, ao contrário do que ocorria há dois anos, a prefeitura pode investir com recursos próprios, como é o caso do túnel do Ibirapuera, tão contestado pelo vereador. E, mais, pode habilitar-se a ``tomar" dinheiro emprestado para antecipar um benefício para a população, pois hoje tem capacidade de pagamento que em 1992 não tinha.
Os projetos na área social desenvolvem-se conforme as previsões. Existem equipamentos sendo projetados, outros com trabalhos de topografia, muitos em licitação e vários com obras em andamento. Dez licitações, envolvendo cinco córregos, estão sendo realizadas para canalização e obra viária, com financiamento parcial do BID. Outros nove córregos terão suas licitações realizadas no segundo semestre.
O projeto Cingapura encontra-se, também, em ritmo acelerado, sendo ponto de referência em todo o Brasil. O PAS (Plano de Atendimento à Saúde) encontra-se em fase de implantação em Pirituba e, com toda a certeza, oferecerá à população um serviço eficiente e de qualidade. Na área do transporte coletivo, quatro corredores exclusivos de ônibus e respectivos terminais estarão sendo iniciados neste primeiro semestre.
Essa é a realidade da execução orçamentária da Prefeitura de São Paulo, que tem, hoje, uma invejável situação financeira, sem dúvida alguma modelo para a administração pública de todo o país.

EDIVALDO ALVES ESTIMA, 49, é vereador pelo PTB-SP.

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