São Paulo, sexta-feira, 5 de maio de 1995 |
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Tiroteio em ônibus mata 3 em São Paulo
ANDRÉ LOZANO
Quatro PMs, à paisana, contratados pela empresa Paratodos, faziam a segurança no interior do ônibus enquanto um quinto PM, também à paisana, seguia o veículo em um Fusca de sua mulher. É comum policiais militares usarem dias de folga para prestarem serviços de segurança a empresas privadas. O costume passou a ter o consentimento do Comando da PM de São Paulo, segundo o diretor de Comunicação Social da PM, coronel Roberto Lemes. Segundo a versão dos policiais, Lima teria começado a discutir com uma mulher próximo à porta dianteira do ônibus. Um dos seguranças, o PM Eugênio Bezerra da Silva, teria se aproximado de Lima e o advertido. A polícia ainda apura o motivo da discussão. Após a advertência, Silva e Lima teriam começado a discutir. Lima teria sacado seu revólver e atirado contra Silva, que revidou com tiros. O soldado Geraldo Rolim de Moura Júnior, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, tropa de elite da PM), o cabo Vagner Jesus Campmann e o PM Alexandre Soares de Oliveira também teriam atirado contra Lima. O quinto policial, Celso Lucas Ferreira da Silva, acompanhava o ônibus no Fusca, estacionou o veículo e entrou no ônibus para dar reforço aos outros policiais. O segurança Edilberto Lima morreu na hora. O PM Eugênio Silva levou três tiros e está internado em estado grave. Os passageiros Marcos Luís Antonio da Cruz, 35, Newton César de Andrade Pantoja, 28, também foram baleados. Eles morreram no Pronto-Socorro de Diadema (15 km ao sul de SP). A enfermeira Djanira de Oliveira Quaresma, 38, ferida por um tiro no ombro esquerdo, também foi atendida no pronto-socorro. Ela passa bem. O delegado Nílton César Lopes Antunes, do 43º Distrito Policial (Cidade Ademar, zona sul) indiciou os cinco policiais militares por homicídio e tentativa de homicídio. Texto Anterior: As prioridades da prefeitura Próximo Texto: Família pretende mover ação Índice |
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