São Paulo, sexta-feira, 5 de maio de 1995
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Inocentado americano do caso da escola Base

DA REPORTAGEM LOCAL

O norte-americano Richard Pedicini, 37, foi inocentado da acusação de abuso sexual contra crianças. O inquérito que apurava as denúncias foi arquivado dia 7 de abril por falta de provas.
Pedicini é o último dos envolvidos no caso da escola Base a ser inocentado.
Em abril de 94, a polícia recebeu um telefonema anônimo indicando que a casa de Pedicini, na Aclimação (zona sul), era usada para orgias com crianças.
Segundo o telefonema, alunos da escola infantil Base eram levadas para a casa dele para que fossem feitos filmes pornográficos.
O caso da escola começou em março de 94. Cléa Parente e Lucia Eiko Tanoue foram à polícia e afirmaram que seus filhos, F.J.T.C., 4, C.C., 4 (alunos da Base), eram retirados da escola e levados para sessões de orgia.
Eram acusados os sócios da escola -Maria Aparecida Shimada, Icushiro Shimada e Paula Alvarenga-, o motorista da kombi escolar Maurício Alvarenga e o casal Saulo e Mara Nunes (pais de um aluno).
Após a denúncia contra o americano, a polícia encontrou em sua casa cerca de cem fotos de crianças, adolescentes e adultos nus.
Pedicini foi preso dia 11 de abril, sob acusação de corrupção de menores. Saiu da prisão nove dias depois, após pagar fiança.
Após ouvir pais de alunos da escola, pedir exames de corpo de delito e avaliação psicológica das crianças, a polícia considerou não haver provas para configurar o crime. O inquérito foi arquivado em 22 de junho, inocentando os envolvidos, menos Pedicini.
Ele continuou respondendo processo, acusado de abusar de crianças da vizinhança, que tomavam banho na piscina de sua casa.
Ele diz que está pensando em entrar na Justiça pedindo uma indenização pelos danos que sofreu com a acusação. ``Estou vivendo com o último dinheiro da minha poupança e tentando pagar os advogados", afirmou.

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