São Paulo, sexta-feira, 5 de maio de 1995 |
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Normas sofrem alteração para favorecer o BB
ALBERTO FERNANDES
Diferentemente do que foi publicado na reportagem "Normas sofrem alterações para favorecer BB", no dia 5/5, à pág. 2-3, o prejuízo de R$ 178 milhões do Banco do Brasil no primeiro trimestre deste ano não tem relação com os títulos da dívida externa. Normas sofrem alteração para favorecer o BB Um dia após entrarem em vigor, as novas regras que criam restrições para os bancos -conhecidas como Acordo da Basiléia- foram alteradas ontem para privilegiar o BB (Banco do Brasil). A partir desta alteração, o BB poderá fazer cerca de R$ 6 bilhões em novos empréstimos sem as punições previstas pela norma. O acordo assinado na cidade de Basiléia, na Suíça, prevê normas para controlar os riscos que os bancos podem assumir. O objetivo é que os correntistas, ao aplicar em um banco, tenham certeza que a instituição não corre o risco de quebrar. As novas regras vão tirar do mercado 22 instituições financeiras, que têm recursos próprios reduzidos. A estimativa é do diretor de Normas do BC, Cláudio Mauch. A alteração feita ontem por circular do BC (Banco Central), presidido por Pérsio Arida, permite que o BB considere como de ``risco zero" o dinheiro que aplicou em títulos da dívida externa (papéis que representam crédito a receber do governo) -ou seja, o banco considera que não poderá perder dinheiro na aplicação. Mas estes títulos, que somam por volta de US$ 6 bilhões, já deram prejuízo de R$ 178 milhões ao BB apenas no primeiro trimestre deste ano, segundo informações do próprio banco. O único banco brasileiro com valor expressivo investido em títulos da dívida externa é o BB. Este investimento dá prejuízos porque as taxas de juros pagas no país são maiores que as da dívida externa. Texto Anterior: Empresa japonesa vai reduzir faturamento Próximo Texto: INSS obtém R$ 6,8 mi no primeiro trimestre com aumento na fiscalização Índice |
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