São Paulo, sexta-feira, 5 de maio de 1995 |
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Empresa japonesa vai reduzir faturamento
DA REPORTAGEM LOCAL A indústria eletrônica Rohm, com sede no Japão, deve sofrer redução no seu faturamento anual, caso o governo mantenha a política de cotas de importação para a Zona Franca de Manaus.A empresa fornece componentes eletrônicos para empresas como a Sharp e a Philco, que estão instaladas na região. ``Ainda não podemos medir as consequências, mas elas nos afetam bruscamente. Acreditamos que com esse tipo de medida o governo está causando sérios danos ao desenvolvimento e melhoria da indústria", afirma Yoiti Makita, analista de negócios da empresa. Antes das medidas anunciadas pelo governo nesta semana, a empresa projetava um faturamento de cerca de US$ 42 milhões para o ano fiscal de 95. ``Mas ainda não mudamos nossa projeção. É muito cedo para fazer projeções sobre as consequências desta medida", afirma Makita. ``O governo está confundindo a indústria eletrônica brasileira com a indústria automobilística. O primeiro caso importa, na grande maioria, produtos prontos que são apenas montados no país, enquanto a indústria eletrônica importa mais matéria-prima". A empresa afirma que pretende continuar investindo alto nas exportações, responsáveis por cerca de 60% do seu faturamento total. Nota A Eletros (associação que congrega empresas eletroeletrônicas) distribuiu nota à imprensa ontem sobre o limite de importações imposto pelo governo. Segundo a nota, ``a decisão não deve ter efeito retroativo" (validade anterior à assinatura do decreto). Para a Eletros, a retroatividade a 1º de janeiro cria sérios problemas de ajustamento às empresas, na medida em que as importações realizadas em 95 já superam bastante, na sua média mensal, o limite fixado. A Eletros sugere 1º de maio como data para o início de vigência. Texto Anterior: Restrições às importações em Manaus poupam R$ 2,4 bi Próximo Texto: Normas sofrem alteração para favorecer o BB Índice |
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