São Paulo, sexta-feira, 5 de maio de 1995
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Para Abras, decisão é do varejo

DA REPORTAGEM LOCAL

A Abras (Associação Brasileira dos Supermercados) deixará a cargo de cada uma de suas associadas a decisão a favor ou contra da aceitação de cheques pré-datados.
A informação é de Roberto Demetreco, presidente interino da Abras. ``Isto é problema comercial de cada empresa."
Ele disse que a Abras considera receber pagamentos em cheque um ``risco".
Para ele, o cheque pré-datado, além de ser um risco muito maior, também é um custo que afeta a margem de lucro (diferença entre o faturamento e os custos) das empresas em um mercado muito competitivo, como o supermercadista.
Para ele, é um ``problema de consciência" de cada rede de supermercados decidir se vai ajudar a política antiinflacionária do governo abolindo o pré-datado nas suas vendas.
Ele disse que a restrição ao pré-datado é uma medida paliativa no combate à inflação porque a prática é ``incontrolável" pelo governo.
A rede de supermercados Pão de Açúcar, que no fim-de-semana passado, aceitou cheques pré-datado para o dia 22 de maio, informou ontem que ainda não decidiu se voltará ou não a recorrer ao mesmo tipo de promoção de vendas a curto prazo.
Sérgio Orciuolo, diretor de comunicação do Mappin, diz que as vendas à vista ou em duas vezes (com um cheque pré-datado para 30 dias) representam 62% do total da rede.
Salomão Gawendo, vice-presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas, conta que a associação já começou campanha de esclarecimento aos consumidores para que eles continuem usando o pré-datado, apesar das medidas do governo.

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