São Paulo, sexta-feira, 5 de maio de 1995
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Oklahoma encerra busca por corpos

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Vai acabar hoje a busca de corpos no edifício público federal explodido em Oklahoma City (EUA) na manhã de 19 de abril.
Até ontem haviam sido encontrados 152 corpos. Outros 25 estão soterrados pelo entulho do prédio Alfred Murrah, e a maioria deles jamais será recuperada.
Quando os trabalhos se encerrarem, as autoridades vão permitir que familiares das vítimas passem alguns minutos dentro do prédio.
A secretária da Justiça dos EUA, Janet Reno, expressou seu "desapontamento com o fato de o segundo principal suspeito pela explosão não estar identificado.
Mas Reno negou que a polícia federal (FBI) tenha chegado a "um beco sem saída nas investigações. Ela disse que há 14 mil pistas para serem checadas e que o trabalho continua.
Os dois homens presos esta semana como suspeitos e liberados 18 horas depois vão ser chamados como testemunhas.
Gary Allen Land e Robert Jacks estiveram nos últimos seis meses nas mesmas pequenas cidades em que o único acusado até agora pela explosão, Timothy McVeigh, também esteve e nas mesmos períodos de tempo.
Land e Jacks dizem que tudo não passou de mera coincidência. O FBI não reuniu provas para mantê-los presos, mas acha que eles sabem mais sobre McVeigh do que disseram. Ambos afirmam que não conhecem McVeigh.
McVeigh, preso duas horas após o atentado e acusado pela explosão no dia seguinte, recusou formalmente o auxílio de dois advogados que dizem ter sido contratados pela família dele para defendê-lo.
Dois advogados públicos defendem McVeigh, embora ambos já tenham pedido para serem afastados do caso.
Além de McVeigh, os irmãos James e Terry Nichols estão presos sob a acusação de conspirarem para produzir explosivos.
O homem que recebeu o coração de uma enfermeira morta na operação de resgate das vítimas do atentado morreu ontem em Oklahoma City.
Billy Wilcoxson, 54, morreu vítima de infecção. O coração de Rebecca Anderson, 37, foi transplantado nele em 23 de abril.
Anderson trabalhou como voluntária no auxílio às vítimas no atentado e morreu quando um pedaço de concreto caiu sobre sua cabeça.

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