São Paulo, sexta-feira, 5 de maio de 1995
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Desastre mata empresários de petróleo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um jatinho que levava executivos das maiores empresas petrolíferas da Argentina e do Chile caiu ontem perto de Quito (capital do Equador). Segundo a FAE (Força Aérea Equatoriana), não há sobreviventes.
"Achamos o avião caído cerca de 29 quilômetros ao sul de Quito, informou Carlos Puga, general da FAE.
"Pelas características do impacto, não acreditamos que algum passageiro tenha sobrevivido.
O avião levava o presidente da gigante petrolífera argentina YPF (Jazidas Petrolíferas Fiscais), José Estenssoro, e o gerente-geral da empresa petrolífera estatal chilena ENAP (Empresa Nacional de Petróleo), Juan Pedrals Gili.
Além deles, viajavam no jatinho três executivos e dois tripulantes. Funcionários da aviação civil equatoriana afirmaram ter perdido contato com a aeronave na noite de anteontem, depois de receberem pedido de aterrissagem.
"O avião pediu permissão para aterrissar quase à meia-noite, mas simplesmente não o fez, disse um funcionário. A aeronave voava a uma altura de 4.062 metros quando colidiu com o monte Sicholagua (de 4.898 metros).
Puga descartou que o mau tempo tivesse sido a causa do desastre e afirmou que o avião deve ter se desgovernado. "As condições eram ótimas, disse.
A YPF é considerada a maior empresa argentina. Cerca de 80% dela foi privatizada durante o governo de Carlos Menem.
A empresa disse ter perdido contato com o avião após uma parada em La Paz (Bolívia).
Estenssoro, 61, nascido na Bolívia, era tido como um dos maiores empresários argentinos e cotado para suceder o ministro da Economia, Domingo Cavallo.

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