São Paulo, sexta-feira, 5 de maio de 1995
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Militar pede fim do período de 'autocrítica'

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O maior chefe militar argentino, o general Mario Díaz, sugeriu ontem que seja encerrado o período de "autocríticas de líderes militares sobre a ditadura (1976-83).
"É algo que devíamos ter esquecido, afirmou Díaz, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.
Há dez dias o chefe do Exército, da Força Aérea e da Marinha têm condenado, com diferentes nuances, o golpe de 1976.
Eles reconheceram a repressão política desencadeada pelos militares, que deixou pelo menos 9.000 desaparecidos.
Segundo Díaz, inocentados pela Lei de Obediência Devida de 1987, os militares deveriam "ter ido se confessar e pedir perdão a Deus pelo que fizeram.
Sobre as supostas listas de desaparecidos confeccionadas pelas Forças Armadas, ele afirmou que "é impossível reconstruí-las. "Não as procuremos, porque não vamos encontrá-las, disse Díaz.
As "autocríticas foram saudadas pelo presidente Carlos Menem e por intelectuais argentinos.

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