São Paulo, sábado, 6 de maio de 1995 |
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Sob pressão, Dorothéa tem crise de choro
LUCAS FIGUEIREDO
A Folha apurou que, na tarde de quarta-feira, a ministra teve uma crise emocional em seu gabinete em razão das pressões que vem sofrendo. Por volta das 16h, chorando muito, a ministra deixou o prédio do ministério e foi levada para casa pelo seu chefe de gabinete, Flávio Sottomayor. A estafa da ministra aconteceu em um dia cheio de audiências importantes e que já haviam sido confirmadas pela manhã. O secretário-executivo do ministério, Frederico Alvares, acabou tendo que receber o presidente da Abeiva (Associação Brasileira de Importadores de Veículos Automotores), Emílio Julianelli, e a ministra da Indústria e Comércio da Dinamarca, Mimi Jakobsen. A crise da ministra também a impediu de participar de audiência com o ministro do Trabalho, Paulo Paiva, e diretores da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes dos Veículos Automotores). Segurança Para piorar o estado emocional da ministra, ela continua tendo que andar sob escolta de um agente da Polícia Federal. A assessoria de Dorothéa havia divulgado esta semana que o esquema de segurança teria sido montado somente em abril por precaução e não devido a ameaças. A Folha apurou, no entanto, que um agente da PF continua acompanhando Dorothéa. O esquema se deve a telefonemas com ameaças à ministra recebidos por um assessor no início de abril. O autor anônimo das chamadas ameaçou a ministra em razão da atuação do ministério no setor de açúcar e álcool. Enfraquecida por uma série de trombadas -como a divulgação errada dos números da balança comercial em janeiro-, Dorothéa vê pelos jornais a lista de seus prováveis sucessores aumentar. Já foram cotados os deputados do PPR Delfim Netto (SP), Nelson Marchezan (RS) e Francisco Dornelles (RJ), o deputado Roberto Brant (PTB-MG), o assessor especial do governo de Minas Paulo Haddad e o embaixador do Brasil em Washington, Paulo Tarso Flecha de Lima. Texto Anterior: PMDB lança seu cartão de crédito em Brasília Próximo Texto: FHC recusa "privatizações selvagens" Índice |
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