São Paulo, sábado, 6 de maio de 1995
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Caminhões esperam 48 horas para receber gás

DA FOLHA ABCD

Cerca de cem caminhões de várias cidades do Estado tiveram de esperar até 48 horas para receber o GLP (gás de cozinha) no terminal de Utinga, em Santo André.
Desde anteontem, os caminhões fizeram fila na rua do terminal esperando o carregamento de gás.
O abastecimento foi prejudicado pela greve nacional dos petroleiros, que entra hoje no quarto dia. O fornecimento foi reduzido em 50% às distribuidoras de gás.
O tempo normal de espera para o abastecimento é de uma hora, com uma fila de 20 caminhões.
O terminal de Utinga recebe gás da Refinaria Presidente Bernardes, de Cubatão, através de gasoduto.
O bombeamento de gás da refinaria para Utinga foi interrompido às 7h de anteontem devido à greve e foi retomado às 7h de ontem, quando os petroleiros concordaram em colocar 30% dos funcionários mantendo o envio de gás.
Segundo o superintendente de relações institucionais da Ultragaz, Carlos Machado Filho, os caminhões só começaram a receber gás às 15h de ontem. A Ultragaz administra o terminal de Utinga.
Machado afirmou que não há risco de desabastecimento com a retomada do bombeamento da refinaria Presidente Bernardes.
O superintendente da Ultragaz afirmou que não há motivo para pânico. ``Um botijão de gás dura 30 dias. Não há razão para estocar botijões em casa."
As distribuidoras Ultragaz, Minasgás e Agip-Liquigás informaram que não tiveram problemas na distribuição de botijões ontem.

Greve
Petroleiros de Mauá e a superintendência da Recap (Refinaria de Capuava), de Mauá, acertaram ontem que pelo menos 30% dos funcionários da refinaria vão garantir a manutenção dos equipamentos e a produção de combustíveis.
Diretores da Federação Nacional dos Petroleiros e da Petrobrás se reúnem hoje, às 10h, no TST (Tribunal Superior do Trabalho).

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