São Paulo, sábado, 6 de maio de 1995
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Boné do papai

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) encerrava um comício no bairro da Freguesia do Ó durante a campanha à Prefeitura de São Paulo, em 92. Fazia muito frio e o petista usava um boné. Para desespero dos assessores, Suplicy estava atrasado para um outro compromisso de campanha e não terminava seu discurso. Depois de muito tempo, encerrou o ato e caminhou lentamente para o carro, que já estava com o motor ligado.
Quando Suplicy estava fechando a porta, um gaiato passou correndo e levou seu boné. A assessoria implorou para Suplicy desistir do boné. Inútil. Ele voltou para o palanque, que já estava sendo desmontado, ligou o microfone e fez o apelo, emocionado:
- Solicito que a pessoa que emprestou meu boné o devolva. Ganhei o boné de meu pai e ele tem um grande valor sentimental.
Suplicy cruzou os braços e exasperou a assessoria ao ficar esperando a devolução do boné ``emprestado". No fim, inconformado, foi arrastado pela equipe para o carro. Sem boné e com a agenda mais atrasada.

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