São Paulo, sábado, 6 de maio de 1995 |
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Pastor evangélico morre em Vigário Geral
RONALDO SOARES
Ele teria desobedecido às ordens de supostos traficantes que faziam uma falsa blitz (bloqueio de rua para roubar carros) no local. Jones Gedião Haidrich, pastor da Igreja Presbiteriana da Vila da Penha (zona norte), foi morto na rua Bulhões Maciel. Ele estava de carro e não obedeceu ao comando dos traficantes para que parasse e acabou sendo baleado. À tarde, pelo menos 30 policiais do 9º BPM (Batalhão de Polícia Militar), em Rocha Miranda, fizeram um cerco a Vigário Geral. Segundo os policiais, o objetivo da operação era resgatar um PM (policial militar) que ontem de madrugada teria sido retirado de um ônibus por traficantes e levado para o interior da favela. Os policiais chegaram a trocar tiros com um grupo de homens armados, mas ninguém ficou ferido. A operação durou cerca de três horas. Não houve capturas e o suposto cativeiro do policial não foi localizado. Antes de retirar sua tropa da favela, o comandante da operação, tenente-coronel da PM Reginaldo Alves, fez uma ``visita de cortesia" à Casa da Paz, centro comunitário instalado em Vigário Geral. A entidade, uma organização não-governamental (ONG), funciona numa casa onde morreram 7 das 21 pessoas assassinadas em agosto de 93, no episódio que ficou conhecido como chacina de Vigário Geral. Na visita, o coordenador da Casa da Paz, Caio Ferraz, 27, pediu permissão ao comandante para montar no 9º BPM uma exposição com fotografias sobre as atividades desenvolvidas pela ONG. Alves concordou com a idéia e ofereceu as dependências do Batalhão para que as quase mil crianças carentes assistidas pela Casa da Paz pratiquem esportes. Texto Anterior: Bala perdida mata estudante durante aula Próximo Texto: Rio registra 25 homicídios Índice |
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