São Paulo, sábado, 6 de maio de 1995
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Descoberto foco da doença no interior de SP

DA FOLHA NORTE

A Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Ipov), da Secretaria da Agricultura, confirmou a existência de um foco de cancro cítrico em uma fazenda de Sebastianópolis do Sul (508 km a noroeste de São Paulo).
Técnicos do Ipov e da Fundecitrus (Fundo Paulista de Defesa da Citricultura) estiveram no local e constataram que, dos 17 mil pés inspecionados, 5.000 estão contaminados e terão que ser erradicados, junto com outros ao redor, num raio de 30 graus.
O cancro cítrico, é uma moléstia que ataca folhas, caule e os frutos de laranjais. É produzida pela ação da bactéria do tipo Xanthomonas citri.
Atacada pela doença, a laranja fica com a casca dura, com pontos ``enferrujados". Por dentro, a fruta apodrece. Por causa disso, o fruto perde valor de mercado.
O engenheiro agrônomo e assistente regional do Ipov, Oraldo de Carvalho Júnior, 47, disse que o grande problema do cancro cítrico é que ele se espalha rapidamente para os outros pés.
O agrônomo afirma ainda que outro problema encontrado é a inexistência de controle químico (venenos) para erradicar a doença.
Ele diz que se a erradicação acontecer imediatamente após a descoberta do foco não há problemas de a doença se espalhar para outros pés ou propriedades rurais.
Ele disse que desde ontem estão sendo feitas fiscalizações em todas as propriedades rurais que tenham laranja naquela região para que se evite a proliferação da doença.
A assistente de Defesa Sanitária Vegetal, Maria Agentina Nunes de Mattos disse que a propriedade tem 140 mil pés de laranja e que a inspeção de todos eles pode demorar até dois meses.
O nome da propriedade foi mantido em sigilo. As vizinhas não correm risco de contaminação.

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